Acordamos, nessa quinta-feira, com a guerra iniciada entre a Rússia e a Ucrânia. O presidente Putin avançou para dentro do território ucraniano com força militar e, ao que tudo indica, não pretende recuar tão cedo.
As informações ainda chegam e são desencontradas, principalmente as relacionadas a baixas entre militares. O fato é: a Rússia atacou.
Tem muita, mas muita coisa envolvida nisso tudo. A começar pelo passado ucraniano, o centro do império russo do século passado. Na Ucrânia, há um grande sentimento russo – e ai vem o segundo ponto: as regiões do leste são mais ligadas a Moscou do que a Kiev e a Europa. Já as cidades mais a oeste, têm uma maior ligação com o Ocidente. Há grupos paramilitares historicamente financiados por Moscou para desestabilizar a nação, por exemplo.
Paralelo a isso, há o fim da Guerra Fria nos anos 90, a ocidentalização das ex-repúblicas soviéticas, o desejo dessas nações de se unirem a União Europeia e a OTAN, a perda de influência russa na região, a queda de presidente fantoches de Moscou nesses países, a chegada da China por ali e por ai vai.
O cenário geopolítico é gigantesco e envolve muitas frentes – isso sem nem começar a citar a parte econômica com os gasodutos que passam por ali.
O Brasil nisso tudo? Bolsonaro acabou de voltar da Rússia e teve um encontro com Putin. O presidente russo faz parte da turma de autocratas que são ídolos do presidente brasileiro, como Donaldo Trump e Vitor Orban, por exemplo. Trump é apaixonado por Putin, por exemplo. Temos a dúvida de como o Estado brasileiro vai se portar nesse caos todo – já temos indícios disso. Mas a grande questão é como Bolsonaro vai se portar.
Há ainda algo mais sombrio nisso tudo. Bolsonaro e sua família são fãs de Steve Banon, o ideólogo do trumpismo e da extrema-direita mundial. Junto a ele, temos Alexander Dugin, o cara que faz a cabeça de Putin e que também pauta a extrema-direita mundial. E você sabe quem é fã de ambos? Olavo de Carvalho, o guru do bolsonarismo.
Os sinos da guerra
Lembrando que as coisas estão acontecendo em tempo real. Logo, já devemos ter mais informações e notícias que não estão aqui. Fiz uma curadoria mais amplas para entendermos a amplitude da guerra e as consequências em várias vertentes.
Rússia de Putin ataca a Ucrânia, que fala em ‘invasão total’. (Nexo)
Discurso de Putin. (Twitter)
Presidente da Ucrânia compara invasão russa a ataque nazista. (Último Segundo)
Mapa mostra locais da Ucrânia que foram bombardeados pela Rússia. (g1)
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, condenou o ataque russo e chamou a atenção para o risco de perda de vidas civis. Ele disse que os 30 países-membros do grupo, do qual a Ucrânia não faz parte, se reunirão para acordar uma resposta unificada ainda hoje. (OTAN)
‘Putin escolheu uma guerra que trará perdas de vidas e sofrimento’, lamenta Joe Biden. (g1)
Qual a decisão da Rússia-Ucrânia é a certa? (New York Magazine)
Novamente uma calamidade. Nenhuma nação é obrigada a repetir seu passado. Mas algo familiar está acontecendo na Ucrânia. (The Atlantic)
Líderes mundiais condenam invasão russa à Ucrânia. (Poder360)
Maduro e Ortega declaram apoio à Putin na contramão de líderes. (Yahoo)
Brasil prepara posição mais dura contra Rússia após invasão à Ucrânia. (Metrópoles) ‘Brasil não concorda com a invasão do território ucraniano’, diz Mourão; Bolsonaro ainda não se pronunciou. (g1)
Comissão de Relações Exteriores da Câmara repudia ataques russos à Ucrânia. O presidente da comissão, Aécio Neves, disse que bombardeios devem ser fortemente condenados pelas instâncias multilaterais e os governos democráticos. (Veja)
Lula responsabiliza ONU por conflitos entre Rússia e Ucrânia: ‘Está virando decorativa’. (Carta Capital)
Pré-candidatos à Presidência condenam ataque russo à Ucrânia. (UOL)
China rejeita chamar ataque da Rússia contra a Ucrânia de ‘invasão’. (UOL)
Portugal diz que vai receber ucranianos que fogem da invasão russa. (Globonews)
Quanto o Ocidente vai se sacrificar pela Ucrânia? (The Atlantic)
Martín Baña investiga e reflete sobre algumas razões históricas e geopolíticas para entender o real conflito entre as duas ex-repúblicas soviéticas. (Revista Anfibia)
O pânico nas ruas de Kiev. (El País)“Eles não nos permitirão existir pacificamente”: invasão russa provoca medo na comunidade LGBTQ+ da Ucrânia. (Gay Times)
Após invasão russa, embaixada do Brasil em Kiev pede aos brasileiros que fujam da Ucrânia se puderem. (BBC Brasil)
EUA, Reino Unido e União Europeia estudam excluir a Rússia do sistema SWIFT. É o que conecta os bancos do mundo uns aos outros, permitindo movimentações financeiras. Os bancos russos se veriam impossibilitados de receber e enviar dinheiro para fora. (Washington Post)
Os preços do petróleo subiram 8% com a invasão da Rússia à Ucrânia. (CNBC)
Bolsas de Ásia e Pacífico despencam em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia. (UOL)
Quais produtos podem ficar mais caros com guerra entre Rússia e Ucrânia? Confronto deve agitar o mercado global e impactar produtos do cotidiano dos brasileiros.
(Diário do Nordeste)
China pede negociações sobre Ucrânia e aceita importação de trigo da Rússia. (AP)
Presidente Putin convocou os principais acionistas e os líderes das maiores empresas da Rússia ao Kremlin para discutir a situação na Ucrânia. Ao que tudo indica, os russos estão se organizando para resistirem às sanções internacionais. (Bloomberg)
A história revisionista de Vladimir Putin da Rússia e da Ucrânia. (The New Yorker)
Uefa faz reunião extraordinária após Rússia iniciar ataques na Ucrânia. (Yahoo Esportes)
Brasileiros que atuam na Ucrânia gravam vídeo após ataque russo: “Estamos presos em Kiev”. (Yahoo Esportes)
Veja fotos e vídeos de ataques russos à Ucrânia. (Poder360)
Entenda a guerra com os podcasts




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Vladimir Putin, ao líder da Alemanha nazista, Adolf Hitler.