Dentro os inúmeros absurdos que estão acontecendo semanalmente em nosso país, tivemos um nesses últimos dias que eu não sei nem usar uma palavra para definir. Um homem, em Itapeva, grava uma senhora recebendo uma doação em comida e a questiona se ela vai votar em Lula ou em Bolsonaro. Ele ouve o nome do petista e diz que, a partir de então, ele não traz mais comida para ela. Você pode ver o vídeo aqui.
O vídeo viralizou nas redes e chocou muita gente. O homem é Joel Cenali, um empresário do agronegócio e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). No site JusBrasil há 14 processos contra ele (clique aqui para ler). Ainda foi descoberto que ele pegou auxílio-emergencial de R$ 5.250,00.
Como resposta, o MST divulgou que vai doar alimentos para a senhora por 6 meses. Diz a nota oficial do Movimento no Twitter: “#SolidariedadeSemTerra Está circulando na internet um vídeo no qual uma senhora é humilhada por um bolsonarista por ter declarado seu voto em Lula. O MST da Regional Sudoeste (SP) se solidariza com todas as famílias que sofrem com a fome e, em especial, com a Dona Ilza. Por isso, nos propomos a doar alimentos da Reforma Agrária, produzidos pelas famílias assentadas. A ordem é ninguém passar fome. Progresso é o povo feliz!”.

O assunto pode colar demais em Bolsonaro. Segundo o Google Trends, várias pesquisas relacionadas ao presidente neste final de semana estavam ligando-o a:
– marmita bolsonaro: relacionando o presidente com o homem que humilhou uma senhora e negou comida por ela votar em Lula;
– cassio canali: o nome deste homem;
– gabriel monteiro, ex-vereador do Rio de Janeiro que é acusado de pedofilia.
E ainda teve “ciro gomes porto alegre”. As pessoas pesquisaram o ataque de um bolsonarista contra o candidato do PDT lá no Sul.


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🇵🇪 Congresso do Peru destitui a presidente da Casa depois da divulgação de áudios comprometedores. (RFI)
🇧🇴 Ex-presidente boliviano Evo Morales entra em choque com o atual mandatário da Bolívia. (Yahoo)
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🇳🇮 A guerra de Daniel Ortega, na Nicarágua, contra o jornalismo já fechou 54 veículos de comunicação. (Confidencial)
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🇨🇦 Suspeito de esfaqueamentos no Canadá morre logo após ser preso. (BBC Brasil)
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🇧🇦 Ex-chefe militar sérvio-bósnio Ratko Mladic, condenado por crimes de guerra, foi hospitalizado com “saúde debilitada”. (Al Jazeera)
🇰🇵 Coreia do Norte aprova nova lei sobre uso de armas nucleares. (Nexo)
🇬🇱 Pela primeira vez, Groenlândia vê extenso derretimento em setembro. (Estadão)
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Leituras complementares
Política nacional
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(Carta Capital)
Governo ‘tesoura’ Farmácia Popular para garantir orçamento secreto em 2023. (IstoÉ)
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Comitê de Bolsonaro testa impacto eleitoral da compra de imóveis em dinheiro vivo e estuda reação. (g1)
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Guilherme Boulos relata ameaça de homem armado durante panfletagem em São Paulo. (Yahoo Brasil)
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Violência política impede mais negros em disputas eleitorais, aponta estudo.
(Estado de Minas)
Tecnologia
Criadores de OnlyFans faturaram US$ 3,9 bilhões em 2021, crescimento de 115%. (Variety)
Funcionários-influencers são recebidos de braços abertos pelas marcas.
(Fast Company Brasil)
Shopee reduz operações na América Latina, mas Brasil sai ileso dos cortes. (NEOFEED)
Renner inova com blockchain e lança versão digital de roupas primavera-verão no metaverso. (Exame)
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(Money Times)
De onde vêm os memes? (Know Your Meme)
Streaming ultrapassa TV a cabo pela primeira vez nos EUA. (Folha de S.Paulo)
Aplicativo ensina línguas quase extintas de povos indígenas brasileiros.
(Belém Negócios)
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Sociedade
Menina de 11 anos que teve aborto negado no Piauí volta a engravidar por estupro. (Folha de S.Paulo)
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Advogados usam entidade para receber R$ 300 milhões em royalties. (Estadão)
ONU: Brasil cai para 87º posição em ranking sobre desenvolvimento humano. (UOL)
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As empresas estão abandonando os mandatos de vacinas. (Axios)
‘Peppa Pig’ ganha primeiro casal com personagens do mesmo sexo. (UOL SPLASH)
Rainha Elizabeth II: a timeline visual dos 70 anos de poder. (The New York Times)
Economia
Salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.754,33 em agosto, diz Dieese. (Metrópoles)
Consumo nos lares brasileiros cresce 7,75% em julho. (IG)
22% dos brasileiros trocaram carne bovina por ovo. 67% dos entrevistados substituíram marcas para economizar em julho. (Poder360)
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Meio ambiente
Txai Suruí: “As terras indígenas protegem a floresta”. (Gama)
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Ibama executa só 37% do orçamento para prevenção de queimadas. (g1)
Segurança pública
Violência versus vínculo: as ações na cracolândia. (Nexo)
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Allan Turnowski, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, é preso por suspeita de envolvimento com jogo do bicho. (g1)
Investigações revelam conexões entre atiradores desportivos e quadrilhas do ‘novo cangaço’. (O Globo)
Luccas Abagge, filho de envolvida no caso Evandro, é morto durante confronto com a polícia em MS. (g1)

A campanha do ex-presidente Lula (PT) colocou no ar ontem um vídeo chamado “Como Bolsonaro explica?” e que está sendo veiculado e patrocinado apenas no Facebook para quatro públicos diferentes.

Nos quatro filtros, a campanha gastou cerca de R$ 3 mil para atingir aproximadamente 220 mil pessoas somente no Facebook. Segundo a Biblioteca de Anúncios da rede social, no resumo geral do post, 33% das pessoas impactadas são mulheres entre 55-64 anos; 28% tem mais de 65 anos; e 22% tem entre 45-54.
A estratégia, ao que parece, é mostrar para as mulheres mais velhas que Bolsonaro está sim envolvido com corrupção. São essas eleitoras que podem ser donas de casas e tem um pensamento mais conservador e de valorização da família – logo, mais alinhadas com o bolsonarismo. Mas a campanha do PT quer mostrar que a família Bolsonaro está tomada de casos de corrupção – e aí, talvez, essa eleitora possa se indignar, relembrar dos governo Lula (pois ela é mais velha hoje e viveu bem o auge do petismo) e votar no ex-presidente.
Quase 20% do anúncio geral está sendo mostrado para São Paulo, seguido de Minas Gerais (17%) e Rio Grande do Sul (10%), estados fundamentais para todo presidente que quer ser eleito.
Se pegarmos os 4 anúncios derivados e filtrados para cada público específico, a campanha do PT dividiu assim:
– anúncio 1: 70% de impacto em mulheres a partir de 55 anos com o anúncio focado nos três estados do Sul do país;
– anúncio 2: 85% de impacto em mulheres acima dos 45 anos com o anúncio focado em estados bolsonaristas como Pará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia;
– anúncio 3: 56% de impacto nas mulheres entre 45 e 64 anos de estados nordestinos;
– anúncio 4: mais de 65% focado em mulheres acima de 55 anos dos estados do Sudeste (quase metade em São Paulo). Este é o anúncio com o maior investimento: entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil.
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